Todos sempre odiavam ir aquele lugar. Talvez pela dor que isso lhes proporcionava ou pelo simples fato dela está lá. Ela possuía um poder enorme diante da humanidade que quase todos os dias procuravam odiá-la e fugir da mesma.
A maioria das pessoas que se encontravam naquele lugar – Muitas vezes por não ter escolha – estavam chorando sem parar ou a dor que sentiam era tão profunda que seu cérebro estava chocado demais para produzir uma lágrima se quer.
Pela lógica, a família principal era a mais triste e a mais machucada. Seus pais – quando ainda estão vivos para presenciar tamanha façanha –, filhos, tios, sobrinhos, ou qualquer outro tipo de parente que teve coragem de comparecer ao evento.
Lá também podia se ver a presença de amigos antigos e novos – Ou aqueles que sentissem algo, ou que não tivessem inventado alguma desculpa para não está ali –, pessoas que tivesse o coração partido não por apenas relacionamentos afetivos, mas também por relacionamentos amorosos que foram impedidos por essa ruptura do destino.
Não se esquecendo de que sempre tem aquele que se supõe ser o mais está mais indignado por causa do morto e fica gritando para os quatro ventos que isso não deveria acontecer.
Alguns podem até tocar no defunto – Que com certeza será visto com maus olhos por outros ou um pequeno espetáculo para aqueles que foram forçados a estarem ali por causa de terceiros –; Em geral, ambos os casos de conversinha não tão particular com quem já não está mais ali, irá causar momentos desagradáveis e irritantes para todos.
No fim, todos estavam ali por sua causa. A odiada, a temida, a incontrolável... Morte. Em muitos países ela é encarada dessa maneira, principalmente em países ocidentais que evitam sempre evitar que ela prevaleça em alguma conversa se não tiver como assunto principal, a morte de alguém importante.
Outros países a encaram de forma diferente e não quer dizer que sejam unicamente orientais. Portugal, México, Índia, Egito, Madagáscar, Japão, Polinésia, Grécia, entre outros países.
Muitas coisas se envolvem com a morte e de diversas maneiras. Porque ela existe? Aonde os mortos vão? Quando morreremos? Por que tememos tudo isso? Enfim, tentarei aos poucos introduzir ao mundo o que a morte convive diariamente.
Nesta noite ninguém cuide
Encontrar-se à mesa a sós!
Porque os nossos queridos mortos
Vão sentar-se junto a nós.
(Culto aos mortos em Portugal)
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