Tirem as máscaras: Preconceito aos estilos socias

Nenhuma época passou despecebida quando a questão é excluir ou ferir outra pessoa que não é igual a si. Não sejam enganados com alguns canais na midia denegridem os anos de chumbo(anos 60), década de 70, anos loucos(anos 80) e assim vai, para dizer que vivemos em um momento mais "amigável".

Isso é mentira

Século XXI com sua aparência tecnologica e depois de tantos preconceitos aparentemente derrubados, veem mostrando em seus becos mais escuros, restos de um momento que nunca ficou apenas no passado.

Nem toda a midia esconde o que muitos tentam fazer. Jornais da televisão são o que mais mostram atos lamentaveis sobre agressores homofóbicos, raciais e xenofobicos ou até mesmo crimes que são ligados indiretamente com o preconceito. Sociedade pacífica? 

Mas mudemos um pouco do foco dos jornais sem sairmos do assunto. Negros, Gays, Estrangeiros e Nordestinos são o que estão tendo mais atenção para informar ao público. Eles não são os únicos a sofrerem terríveis preconceitos.

Vi em muitos lugares demonstrações infantis e dissumuladas de preconceito contra pessoas com estilos sociais diferentes. Punks, Góticos(Dark Wave, Cyber Gothic, Góticos Vitorianos,etc), Metaleiros, Emos e outros.

O que vem aparentemente dividindo fãs e odiadores do estilo são os emos aqui no Brasil (não procurei saber nos outros países) com a divulgação da mídia com uma banda intitulada Restart com Happy Rock (Isso existe?) e seu estilo "colorido".

Emos por mais que ainda sofram preconceito com piadas nada engraçadas até agressões, ganharam seus fãs atualmente. Não por algum contéudo relevante e digamos, "intelectual" que o grupo social passe, mas sim pelo fato do modismo.

Uma frase que ficou presa em minha mente enquanto estava assistindo um professor em um debate, é: "O problema das pessoas é por que elas têm preguiça de pensar." E essa frase veio como uma luva para o século XXI e pelas mentes que a midia está construindo.

Os emos estão ganhando fãs exatamente por isso. É fofo, é alegre, é feliz(até demais), então, adolescentes que não têm uma visão mais pensamente entram no movimento. Não estou criticando quem é emo. Isso nunca será errado, mas sim, sua escolha. Mas como estão sendo tratados pelos cantos, os próprios emos deveriam se irritar por "poser" ficar entrando de tamanha vontade em seu estilo.

Alguns emos, dá atualidade fazem melodrama sobre o que passam.

Parem de se fazerem de vítimas!

Não são os únicos.

Uma exceção daqui do Brasil é que destroi sua própria imagem. Aqui vemos que pessoas tornam-se emos apenas para estarem na moda ou coisa parecida. Não tem função. Quando você pode comparar o visual e o respeito diante dos outros lugares do mundo, emos estrangeiros encontram mais  rapido o seu "valor" social do que aqui.

E independente de que países são, as pessoas do estilo emo ou fora deles afetam de forma negativa e nenhum pouco agradável, outro estilo completamente diferente e julgado erroneamente como iguais.

E por mais uma vez, por causa da aparência.

Por emos usarem roupas muita vezes pretas que lembrem o estilo gótico ou mais estilizadas nas cores que lembrem os punks. Veem trazendo exatamente uma má fama para esses dois estilos e principalmente os góticos recebem mais desse "destaque".

Muitos dizem que emos e góticos são a mesma coisa. Isso está completamente errado. A história basicamente, resumida e de facil entender é lembrar do que esses três estilos representam. Os punks desde antigamente representam a rebeldia, anarquia e possuem um visual admiravel que pode até lembrar dos metaleiros, e, muitas vezes com um moicano (E quando escrevo aqui, moicano, é o verdadeiro e não "o estilo" que tem na cabeça do jogador Neymar).

Os góticos originados desde a idade média através de catedrais e passando ao longo do tempo para esculturas, pinturas, obras literarias e uma subcultura com o seu povo que adere aos costumes(e não me venham com esteriotipos basicos do estilo); representam resumindamente, a tristeza e coisas sombrias, morbidez, e muito mais que não entrarei em detalhes agora. Mas pensar que gótico é sempre triste e não tem uma vida "normal" que nem qualquer pessoa, é ignorância demais e por vontade própria de ser burro mesmo.

E pela falta da busca de conhecer o que são góticos e punks, a população massiva da atualidade confundem e tornam-se cegas de próposito por não quererem derrotar o seu próprio preconceito.

Como disse pouquissimas coisas dos góticos e dos punks, seria erro meu esquecer dos emos. Originados em um show que uma banda surpreendeu seus fãs com letras melodramaticas demais, foi apenas do começo do que se ver por ai. Não entrarei mais em detalhes, pela falta do meu conhecer do estilo e não acrescetarei mais nada por que não quero ser pessoal demais em discutir sobre isso.

Retomemos, aos poucos os assuntos. Com a ignorância da midia mostrada, as pessoas usam tanto o termo "emo" para insultar os góticos, que os próprios góticos passaram a odiar esse estilo(emo). Afinal, você gostaria de ser chamado de algo que muitas vezes odeia?

E esse é uma pequena amostra do que se passa aos góticos. Góticos que quase sempre são excluidos da sociedade, esquecidos de proposito ou tratado como anormal por não ser aparentemente igual aos outros. 

Para tentar diminuir essa pequena ideia de comentário que se passou por minha cabeça e que acabou realmente ficando muito grande, apartir de agora vou relembrar alguns momentos que realmente me afetaram e claro, agora vai se tornar pessoal esse post.

Já presenciei amizades sendo perdidas por pessoas serem de diferentes estilos e não se aceitarem. Góticos que são tratados diferentes pelas pessoas que não sabem como reagir ao estilo diferente e acabam os excluindo. E prestem atenção. A escritora desse site, eu, sou gótica e as pessoas mais próximas de mim que trato como irmãs não são góticas e nem por isso deixei de "ser humano" perto delas para parecer uma aberração.

Mas como ainda tenho muito o que falar sobre isso e com certeza não sei quando vai terminar, continuemos futuramente em outros posts. Terminando assim, com uma pequena reflexão do preconceito social:

"Vergonha? Eu devo sentir vergonha por ser eu mesma?

Me desculpe, mas o preconceito que recebo das pessoas é terrivel,

aos poucos posso aguentar...

Porém, uma coisa que não aguentaria é ser uma coisa que não sou

Para agradar os outros e fazer a mim mesma odiar-me.

Eu tenho é orgulho de quem sou.

(Bloody Phoenix - D.Fênix)"

(Imagem: Cantor da banda alemã Blutengel)

Obs.: Qualquer erro de ortografia ou gramatical, perdoem-me.

Tabu sombrio: A morte

    Todos sempre odiavam ir aquele lugar. Talvez pela dor que isso lhes proporcionava ou pelo simples fato dela está lá. Ela possuía um poder enorme diante da humanidade que quase todos os dias procuravam odiá-la e fugir da mesma.

    A maioria das pessoas que se encontravam naquele lugar – Muitas vezes por não ter escolha – estavam chorando sem parar ou a dor que sentiam era tão profunda que seu cérebro estava chocado demais para produzir uma lágrima se quer.

    Pela lógica, a família principal era a mais triste e a mais machucada. Seus pais – quando ainda estão vivos para presenciar tamanha façanha –, filhos, tios, sobrinhos, ou qualquer outro tipo de parente que teve coragem de comparecer ao evento.

    Lá também podia se ver a presença de amigos antigos e novos – Ou aqueles que sentissem algo, ou que não tivessem inventado alguma desculpa para não está ali –, pessoas que tivesse o coração partido não por apenas relacionamentos afetivos, mas também por relacionamentos amorosos que foram impedidos por essa ruptura do destino.

    Não se esquecendo de que sempre tem aquele que se supõe ser o mais está mais indignado por causa do morto e fica gritando para os quatro ventos que isso não deveria acontecer.

    Alguns podem até tocar no defunto – Que com certeza será visto com maus olhos por outros ou um pequeno espetáculo para aqueles que foram forçados a estarem ali por causa de terceiros –; Em geral, ambos os casos de conversinha não tão particular com quem já não está mais ali, irá causar momentos desagradáveis e irritantes para todos.

    No fim, todos estavam ali por sua causa. A odiada, a temida, a incontrolável... Morte. Em muitos países ela é encarada dessa maneira, principalmente em países ocidentais que evitam sempre evitar que ela prevaleça em alguma conversa se não tiver como assunto principal, a morte de alguém importante.

    Outros países a encaram de forma diferente e não quer dizer que sejam unicamente orientais. Portugal, México, Índia, Egito, Madagáscar, Japão, Polinésia, Grécia, entre outros países.

    Muitas coisas se envolvem com a morte e de diversas maneiras. Porque ela existe? Aonde os mortos vão?  Quando morreremos? Por que tememos tudo isso? Enfim, tentarei aos poucos introduzir ao mundo o que a morte convive diariamente.

Nesta noite ninguém cuide
Encontrar-se à mesa a sós!
Porque os nossos queridos mortos
Vão sentar-se junto a nós.
(Culto aos mortos em Portugal)

Reflexões

" Curar a alma por meio dos sentidos e os sentidos, por meio da alma..." (Oscar Wilde - O Retrato de Dorian Gray)

"Quem foi que definiu o homem como animal racional? A definição mais prematura que já se formulou." (Oscar Wilde - O Retrato de Dorian Gray)

"Tinha um nome de que ninguém se lembra mais [...] Mas até lá, felizmente, estarei morto." ( Carlos Drummond de Andrade)

 

"Na busca desesperada de se ter, o homem se esquece de ser." (G.Assis)

 

"Ninguém nunca vai entender o que você sente até passar pela mesma situação." (Caio Fernando Abreu)

"Ninguém jamais conquista alguma coisa com lágrimas." (Alice no País das Maravilhas)

 

"Ei, lembra de mim? Eu costumava estar ao seu lado, quando o mundo te esquecia."  (desconhecido)

E não sobrou nenhum - Agatha Christie

Dez soldadinhos saem para jantar, a fome os move;
Um deles se engasgou, e então sobraram nove.

Nove soldadinhos acordados até tarde, mas nenhum está afoito;
Um deles dormiu demais, e então sobraram oito.

Oito soldadinhos vão a Devon, passear e comprar chiclete;
Um não quis mais voltar, e então sobraram sete.

Sete soldadinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles cortou-se ao meio, e então sobraram seis.

Seis soldadinhos com a colméia, brincando com afinco;
A abelha pica um, e então sobraram cinco.

Cinco soldadinhos vão ao tribunal, ver julgar o fato;
Um ficou em apuros, e então sobraram quatro.

Quatro soldadinhos vão ao mar, um não teve vez,
Foi engolido pelo arenque defumado, e então sobraram três.

Três soldadinhos passeando no zôo, vendo leões e bois,
O urso abraçou um, e então sobraram dois.

Dois soldadinhos brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então sobrou só um.

Um soldadinho fica sozinho, só resta um;
Ele se enforcou,

E não sobrou nenhum.

O Bicho de Manuel Bandeira

 Vi ontem um bicho
Na imundicie do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Retratos

Os antigos retratos de parede
não conseguem ficar longo tempo abstratos.


Às vezes os seus olhos te fixam, obstinados
porque eles nunca se desumanizam de todo.



Jamais te voltes para trás de repente.
Não, não olhes agora!



O remédio é cantares cantigas loucas e sem fim...
Sem fim e sem sentido...

Dessas que a gente inventava para enganar a solidão dos caminhos sem lua.



(Mario Quintana)

Pensamentos I

Tinha que existir uma pintura totalmente

livre da dependência da figura - o objeto - que,

como a música, não ilustra coisa

alguma, não conta uma história e não lança

um mito. Tal pintura contenta-se em evocar

os reinos incomunicáveis do espírito,

onde o sonho se torna pensamento, onde o

traço se torna existência.

(Michel Seuphor)

Conclusões

       O desconhecimento de suas possibilidades internas e dos segredos que se aninham nas profundezas de sua alma tornou o homem cético a respeito de seu próprio destino.

 

        Saiba ele encontrar a chave de sua evolução na lei que o proclama herdeiro de si mesmo e conhecerá o porquê das angústias que padece, questão sobre a qual não encontrou ainda explicação alguma que lhe satisfaça.

(A Herança de Si Mesmo - Carlos Bernardo González Pecotche)